Calendário: saiba o necessário sobre esta ferramenta
Em razão da necessidade de organizar o tempo, registrar os desenvolvimentos e outras mais urgências foi criado o calendário. Posto isso, quer saber sobre o calendário? Então confira este artigo!
O que é um calendário?
O calendário é um sistema antigo para regular os ritmos da vida humana
Nas origens de um calendário, há a combinação de três elementos astronômicos: o dia, o mês lunar e o ano.
Como é difícil combinar os três elementos de maneira satisfatória, muitos calendários diferentes foram desenvolvidos.
Por exemplo, o calendário pré-juliano e o calendário juliano estão entre os ancestrais do nosso calendário atual.
Em vigor desde 15 de outubro de 1582, o calendário gregoriano mantém o início da primavera em 21 de março, graças a regras especiais para o estabelecimento de anos bissextos
Como funciona o calendário?
Um calendário é formado, fornecendo números e nomes para os anos, meses e dias. Assim, podemos definir a data de um evento e dizer, por exemplo, que houve um eclipse do Sol em 11 de agosto de 1999.
Mas também podemos estabelecer quanto tempo separa duas datas, por exemplo, em 11 de agosto de 1999 a 20 de setembro de 2005
Vamos pensar como seria difícil lembrar de um aniversário se anos, meses e dias não tivessem números ou nomes!
As regras para atribuir esses números e nomes mudaram da antiguidade para hoje. Primeiro, os momentos a partir dos quais começar a contar os anos mudaram.
Em nosso calendário, começamos a contar desde o nascimento de Cristo, mas muitos povos islâmicos começam a contar desde que Muhammad fugiu de Meca, ou seja, a partir do ano 622 (Islã).
Em seguida, os nomes, a duração e até o número de meses que compõem um ano mudaram.
Finalmente, as épocas do começo do ano e do dia mudaram: por exemplo, hoje contamos as horas da meia-noite, mas os astrônomos gregos os contavam desde o meio dia, os antigos babilônios desde o amanhecer e os brasileiross há dois séculos, desde o pôr do sol.
Os tipos de calendários que existem
1.Calendário pré-juliano
Júlio César introduziu o calendário juliano em 46 a.C, e até então era usado um calendário conhecido como pré-juliano, que era tradicionalmente introduzido por Romulus em 753 aC. e depois modificado por Numa Pompilio em 713 aC.
No calendário de Romulus, os meses eram 10, duravam 30 a 31 dias e a duração do ano era 304 dias.
Os 61 dias desaparecidos foram os de inverno correspondentes aos nossos janeiro e fevereiro, e não foram contados pelo calendário, que foi retomado em março.
O Numa Pompilio, apresentou os meses de janeiro e fevereiro, adicionando 51 dias ao calendário.
Para manter a duração do ano alinhada com o ano tropical, a cada dois anos, um mês em mais de 22 dias foi introduzido, o mercedonio, localizado em meados de fevereiro.
2.Calendário juliano
O calendário juliano, promulgado por Júlio César e concluído por Augusto, eliminou o mês do mercedônio, introduziu o ano bissexto e aumentou a duração do ano para 365 dias. Permaneceu em vigor até 1582, ano em que foi substituído pelo calendário gregoriano.
O calendário juliano ainda é usado como calendário litúrgico (ritual) na igreja ortodoxa.
3.Calendário gregoriano
O calendário gregoriano (nosso) é o mais adotado no mundo.
Este é o calendário juliano reformado pelo papa Gregório XIII que, para introduzi-lo, em 1582 suprimiu 10 dias do calendário (de 4 a 15 de outubro), para remediar o atraso do calendário solar em comparação com o calendário juliano. Foram utilizadas as medidas do ano tropical feitas por Copernicus em 1543, e as correções foram feitas principalmente no ano bissexto.
Atualmente, no entanto, existe uma tendência a evitar até mesmo esse erro de 11 segundos, adicionando 1 segundo à duração de um dia, sempre que essa discrepância for atingida.
4.Calendário chinês
Calendário lunisolar, na maior parte oficialmente substituído pelo calendário gregoriano.
O mês começa quando a lua é invisível da costa leste da China (120 ° E).
Quando as luas cheias entre os 11 meses dos dois anos seguintes forem 13, o ano seguinte será 13 meses.
Os meses no calendário chinês são baseados em ciclos de 60 anos, tradicionalmente contados desde a ascensão ao trono de imperadores, em que cada ano é nomeado a partir da combinação de um número e um signo do zodíaco.
5.Calendário judaico
É um calendário lunisolar que alterna 12 e 13 meses de 29 ou 30 dias.
Os anos são divididos em ciclos de 19, nos quais os anos 3, 6, 8, 11, 14, 17 e 19 são os de 13 meses.
É usado principalmente como um calendário cerimonial, mesmo que documentos israelenses relatem as datas neste calendário e no calendário gregoriano.
A diferença entre o calendário judaico e o ano tropical é de cerca de 7 minutos por ano.
6.Calendário islâmico
O calendário lunar usa nosso ano 622 d.C., o ano da Hegira de Muhammad.
Em cada ciclo de 30 anos, os anos 2, 5, 7, 10, 13, 16, 18, 21, 24, 26 e 29 são anos bissextos, introduzindo 1 dia extra no último mês, reduzindo o erro em relação ao mês lunar a cerca de 2,9 segundos por ano, na média do ciclo de trinta anos.
De fato, deve-se notar que os anos bissextos no calendário islâmico não servem para alinhar o calendário com o ano tropical, mas apenas com as fases da lua.
7.Calendário indiano
12 meses, o primeiro deles é adicionado no dia em que o ano é bissexto.
Os primeiros 6 meses do ano têm 31 dias, pois o movimento aparente do Sol é mais lento nesse período.
Os anos bissextos são contados a partir do ano gregoriano 78 (ano 0 para este calendário) e são múltiplos de 78 que coincidem com os anos bissextos do calendário gregoriano.
Na verdade, não é amplamente utilizado como calendário, e também na Índia há uma tendência a usar o gregoriano.
8.Calendário lunar
As fases da lua dependem da posição da lua, da terra e do sol e são determinadas pela forma como vemos o satélite do nosso planeta.
Com base em como a lua é iluminada pelos raios do sol, a vemos de maneira diferente, podemos classificar as fases da lua como crescente e a fase decrescente, divididas em dois quartos, a lua nova e a lua cheia.
O calendário lunar tem sido do interesse dos agricultores há milênios, devido a uma suposta influência da lua nas plantações.
Muitos agricultores levam em consideração a fase em que a lua realiza vários trabalhos agrícolas, como semeadura, transplante, colheita e poda.
A influência efetiva da lua na semeadura e em outras operações de cultivo não foi comprovada cientificamente, mas faz parte de uma tradição que ainda hoje é amplamente seguida.
Além dos métodos agrícolas tradicionais, nos quais as fases da lua são observadas para estabelecer períodos de semeadura, transplante, enxerto e poda, a agricultura biodinâmica também presta atenção à lua e, de maneira mais geral, à posição das constelações e influências cósmicas.
Para seguir as indicações biodinâmica, é necessário usar um calendário especial, o lunar clássico com fases marcadas, lua cheia e lua nova não é suficiente.
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